Hoje vi duas coisas no jornal sobre psicanálise e saúde mental.
A notícia sobre saúde mental me deixou contente, pois a cidade Piracicaba está inaugurando hoje a Casa da Oficina, onde será trabalhado com doentes psíquicos.
Eles irão trabalhar com artesanatos, e o dinheiro arrecadado será revertido para os usuários.
Isso nos mostra como a conscientização à respeito dos doentes mentais está crescendo no estado e também na cidade. O que é muito importante, pois a doença mais grave está no preconceito da sociedade com pessoas que sofrem de doenças psíquicas.
Há tempos a Luta Antimanicomial está crescendo, e fazendo com que as entidades manicomiais, que eram "depósitos" de pessoas se transformem em instituições que promovem a arte na sua totalidade, como dança, pintura, artesanato e muito mais. O que serve como um ótimo remédio para os nossos doentes.
Mas ao mesmo tempo que vemos notícias tão boas, nos deparamos com gafes de psicanalistas que as vezes não dá para perdoar.
Vi em uma coluna de uma psicanalista, um artigo totalmente teórico em um jornal onde muitos que estão lendo, não entendem a linguagem psicanalítica. Entendo e acredito que seja muito bom a divulgação da prática psicanalítica para pessoas que não a conhecem, mas publicar um artigo tentando explicar o que Freud dizia em seus textos complexos sobre o ato falho, talvez deixe as pessoas ainda mais assustadas sobre a Psicanálise.
Uma explicação sobre o dia a dia de uma forma menos teórica seria o essencial para um possível interesse nas pessoas. Mas para aqueles que não querem ver a vida dessa maneira Freudiana, a teoria não é o melhor caminho de se conquistar espaço, ainda mais num jornal onde o propósito não é esse.
Abç... Patrícia.