terça-feira, 25 de março de 2014

Poesia de boteco

Com certeza você já deve ter visto um poeta bem audacioso que resolveu escrever seus versos em guardanapos de papel em lugar por aí. Em pouco tempo, a página "Eu Me Chamo Antônio" ganhou milhares de fãs na rede social. 
Esse então "rapaz audacioso" chama-se Pedro Gabriel, que por curiosidade possui o nome Antônio no meio dos dois outros "nomes". 

Pedro escrevia o que lhe vinha à mente nos guardanapos de papel que acompanhavam seus chopps, no Café Lamas, ponto muito conhecido e tradicional em São Paulo. Era um gole aqui e uma palavra acolá.
Quando vi os primeiros versos nas páginas do facebook, gostei da maneira simples e eficaz que escrevia suas "poesias". Numa frase, ele conseguia passar um turbilhão de sentimentos!
Clichês a parte, há de se considerar que os trocadilhos de Pedro são de tirar o chapéu!


Certo dia, inspirada em me presentear com livros de poesia, comprei o livro lançado por ele, com algumas de suas poesias instantâneas em letras que só quem vai em botecos consegue entender, daquelas que saem quando os insights chegam!
E realmente o livro veio como um presente! Além dos desenhos modestos nos guardanapos e as frases enxutas, mas significativas, as folhas vieram recheadas de ilustrações para encher os olhos dos leitores! Quando você abre o livro é como se as palavras falassem com você, e todas aquelas cores se movimentassem, num suspiro de lucidez e delírio simultâneos. 

Não sou daquelas a favor da psicologia de boteco, mas a poesia de boteco acredito que será sempre bem vinda. Não pelo fato do álcool ser responsável por nossas capacidades e talentos escondidos, mas porque, ironicamente, nesses locais nos permitimos a exteriorizar aquilo que anda guardado. Uma tolice que ainda precisa ser muito trabalha nos seres humanos.

Para aqueles que procuram uma boa dica de presente, assim como um livro, mas não sabem o que dar, super indico esse em questão! Uma das primeiras coisas que pensei quando o folheei, foi: "Nossa, as pessoas com certeza gostariam de ganhar um livro desse como presente". E olha que vale pra qualquer um, até para aqueles que não são lá muito fãs dessa arte, pois os pensamentos são curtos, mas expressam sentimentos profundos. Quem sabe assim, você não consegue conquistar aquele coração que recusa a se render aos devaneios da poesia?
Vale a pena arriscar, hein?!


Informações sobre o livro:
Título: Eu Me Chamo Antônio
Autor: Pedro Gabriel
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Páginas: 192

Abç... Patrícia.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Um cheiro e um vento

Existem dias que no final deles você se sente cansada, doída, fatigada. No momento em que enfim você consegue chegar num local e relaxar, você se pergunta: "o que hoje eu poderia fazer para me sentir melhor?".

Fiz isso no dia de hoje, quando cheguei em casa e coloquei a cabeça no travesseiro, pensando em todos os diálogos e as tarefas do dia, fechei os olhos por apenas 2 segundos e consegui imaginar um tanto bem grande de coisas que gostaria de fazer nesse momento.

Talvez a primeira delas fosse deitar na margem ou qualquer lugar de uma cachoeira onde eu sentisse a correnteza da água levando os meus cabelos. Sentiria o cheiro de uma margarida e meus pés na grama. Comeria um bolinho de chuva cheio de açúcar e canela. Me sentaria num balanço bem alto, daqueles que seus pés ficam nas pontas dos dedos, sentindo a areia que existe no chão. Caminharia numa rua com os olhos fechados, sorrindo, e apenas sentido a brisa batendo nos fios castanhos. Dançaria por minutos ao som de boas músicas francesas. Subiria na Torre Eiffel pra ver as luzes da cidade da luz. Levaria o duende de Amelie Poulain na garupa da minha bicicleta e o deixaria na praia. Daria um beijo bem molhado em alguém que quero muito bem. Faria um jardim de tulipas. E me sentaria numa pedra por um bom tempo, pra tentar esquecer de qualquer coisa que aconteceu no dia, como um recipiente se esvaziando.


Fecharia os ouvidos pro mundo e pras pessoas, e abriria apenas ao meu coração. Ouviria do que e de quem ele gosta e por qual vento quer ser levado.

Gostaria também que você pudesse sentir cada uma das sensações dessas coisas, pra gente saber que só de fechar os olhos muita coisa pode acontecer.
Obrigada Amelie, pela sensação dos meus cabelos voando. Seria ela, seria eu, seria inteira.

Um toque e um cheiro valem mais que milhões de sugestões, mesmo que sejam eles do vento.

Então, um cheiro e um vento pra você, bem demorado!
Patrícia.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A elegia que me traz de volta

A poesia sempre me trazendo de volta...

Hoje, venho com a indicação de um livro que ganhei de um grande amigo no natal, período em que a maioria das pessoas se reúnem e brincam do tradicional "amigo secreto". Com o pessoal do meu trabalho, fizemos uma listinha de sugestões daquilo que achávamos legal ganhar. Fiquei alguns dias pensando, porque as vezes não sei funcionar sob pressão. Foi quando me lembrei o quanto gosto de poesias, e nada melhor do que ganhá-las numa época tão simbólica. Então, lá estava o pedido da Patrícia: "um livro de poesia, ou sobre música, mas qualquer coisa que não seja um best-seller" (tenho uma grande inimizade com essa categoria, (in)felizmente).

Mas presente é aquela coisa, você sempre fica morrendo de medo. Principalmente quando vem de um "amigo" secreto. Vai que aquele que te tirou, como diria Jorge Ben, "não é lá muito seu amigo"...
Porém fui sortuda, fui tirada por aquele amigo-irmão que te acompanha até no trabalho.

Quando coloquei os dedos em cima do presente e consegui sentir que era um livro, pensei "ufa", mas me lembrei que ainda vinha a parte principal: o desembrulho.
Mas ele não me decepcionou! Quando terminei, o nome que logo apareceu era "Vinicius de Moraes". Meus olhos brilharam com o nome do poetinha, e senti que meu natal ficara mais ousado.

"História Natural de Pablo Neruda - A elegia que vem de longe". Esse era o nome que abrilhantava meu amigo-clichê-secreto. Um livro com poesias dedicadas à Neruda, numa mistura de amizade, amor, e dor pela perda de um grande amigo. Desconhecia a proximidade tão grande que existia entre os dois, e depois de algumas páginas, me senti sentada ao lado deles discutindo sobre o regime do Chile, a morte de Allende e o sofrimento de Neruda. Me senti também rival das mulheres que rondavam as poesias. Matildes e Marias que roubavam a cena e causavam uma ponta de ciúmes. Xilogravuras que me levavam pra junto do mar e do amor. Consegui até mesmo ver o copo de uísque em cima da mesa, um cigarro aceso numa mão, e na outra os dedos sob o óculos, fitando um pedaço de papel com as palavras escritas à Neruda. Vi Vinícius ali, na minha frente, no meu início de ano novo, ao lado também do cartão recebido que me dizia "é melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe", como bons votos para 2014.
Vinícius estava ao meu lado escrevendo para seu grande amigo. Estava escrevendo comigo. Estava escrevendo pra mim.

Vinícius estava me dizendo o quanto a vida cabe e ao mesmo tempo transborda em pequenas estrofes. Ambos me disseram que sentimentos transpassam matéria, tempo e proximidade. Estavam me chamando e dizendo que sempre vale a pena voltar pela poesia. Uma elegia que me trouxe de volta, e algumas palavras que se traduzem em vida.

Voltei.


"Hoje mais do que nunca o mundo avança
Para uma Aurora ainda aprisionada.
Tentemos resgatá-la com poesia
Cada poema valendo uma granada..."



Informações sobre o livro: 
Título: História Natural de Pablo Neruda - A elegia que vem de longe
Autor: Vinícius de Moraes
Xilogravuras de: Calasans Neto
Apresentação de: Ferreira Gullar
Ano: 2006
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 80

Além de tudo isso, a segunda capa do livro se transforma num pôster! É pra se deliciar mais ainda. Então, fica a dica!

Abç... Patrícia.

domingo, 10 de novembro de 2013

Abraços

Os dias ficaram escuros, as manhãs não tinham mais sol.
Os sorrisos se tornaram amarelos, os remédios amargos, a água salgada.
A comida, insuficiente. As palavras, todas em vão.

O acordar pedia um eterno adormecer, os sonhos tomavam o lugar do dia.
O medo, maior que toda a alegria. A negatividade maior do que qualquer energia existente.

E foi quando o abraço, tomou todo esse lugar.
Abraçar aquela brisa que passa, aquele vento que toca a grama e que mexe em nossos cabelos.
Abraçar aquela criança que passou lá atrás, mas que ainda vive em você, e que implora tanto esse abraço.
E te pede, pra que você nunca mais a deixe.

Abraçar as pessoas que são tão simples e que só têm isso a te oferecer.
Acordar com um afago, estar ao lado de quem te afaga.
Querer a música, deixar o material, conhecer pessoas, ser do mundo todo e ser só seu.

Olhar para o impossível, escutar a criança. Sentir o quanto ela significa.
Sentir que com ela tudo vai valer a pena.
Você pega a mão dela e ela pega a sua, ela te leva e você também.
Não existe limite, não existe mais sorrisos amarelos, o sol nasceu.
As palavras são libertadoras e o abraço se tornou a coisa mais valiosa.

A força vem de longe e ao mesmo tempo de tão perto.
Abraçar o passado, abraçar o futuro e muito mais o presente.
Abraçar a criança, abraçar o mundo.

Patrícia.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ao mestre, com carinho


Venho nesta data de hoje, até mesmo como uma homenagem, escrever sobre os professores que passaram por minha vida. Mesmo sendo o título uma alusão ao filme da década de 1960, não é dele que falarei aqui. Usei-o mesmo como forma de carinho recíproco.

Vi muitas pessoas parabenizando e se lembrando dos seus primeiros professores, aqueles que lhes ensinaram coisas importantes na infância. Um gesto normal, já que é nessa fase que temos nosso primeiro contato com estes profissionais. Entretanto, hoje venho escrever sobre meus professores da graduação. Aliás, sobre uma professora em especial...

Quando entramos na faculdade, sentimos o grande choque de tratamento, diferente daquele que recebíamos na época do ensino médio. Mesmo você sendo muito novo, precoce até demais para estar aprendendo tanto coisa sobre uma profissão, eles te tratam como pessoas já responsáveis por suas escolhas e maduros o suficiente para encarar os desafios da Academia. Me lembro que os primeiros meses foram, para mim, de adaptação desse novo modo de relacionamento.

Vá lá, nos primeiros semestres alguns ainda nos repeliam, nos testavam e eram desaprovados por nós, o que tornou-se tudo uma questão de tempo. Precisei de alguns semestres para descobrir que estava aprendendo com os melhores nomes da área da Psicologia. Quando me dei conta, até achei que já era bem tarde.
Perdi professores muito bons, mas que me sinto privilegiada até hoje por tê-los conhecido e compartilhado de seus conhecimentos.

Mas foi no final da graduação, que uma professora já querida, me fez entender o que é ter prazer em lecionar.

Grande responsável pelo meu interesse na área social, ela me mostrou o quanto valia a pena olhar para o outro, entender suas dificuldades, e o mais importante de tudo: olhar para dentro de si.
Era final de graduação, todos as crises existenciais possíveis, estresses inimagináveis e uma vontade enorme de abandonar o barco. Todos sentimentos que me foram, então, tirados por ela.
Sempre muito exigente, experiente e pontual, conseguiu fazer-me olhar o quanto eu era ética, dedicada e interessada naquilo que fazia. Mostrou-me tantas vezes meus acertos, abriu-me tanto os olhos e motivou-me em discursos e apresentações finais da graduação.
Uma pessoa linda, batalhadora e com uma história de vida que ainda acredito que virará um filme!
Militante da ditadura, mulher obstinada e professora por vocação.

Sei, que muito daquilo que sou hoje, devo à ela. Devo, pois muito do que me foi despertado veio de toda sua insistência nos alunos que tanto apostava.
Nunca me esqueço de sua frase num dia caloroso de supervisão e depois de tantas observações suas em relatos nossos: "Pego no pé daqueles que sei que têm jeito e de quem gosto!". Me senti então, tão privilegiada.
Era daquelas que não sentiam necessidade de agradar e sem papas na língua. Guerreira.
Uma pessoa que me despertou tanta garra e tanta vontade de continuar, e querer ao menos, ser parecida com ela...

E é por ela que hoje, venho através desta postagem, deixar todo o meu carinho àqueles que exercem essa profissão por pura vocação e dedicação. Por amor em ensinar, apostar, disseminar, perpetuar e eternizar.
Àqueles que apostam todas as suas fichas não só buscando ensinar, mas buscando também tornar melhor um ser humano!
Hoje venho aqui deixar o meu abraço à ela, querida Pelissari, que por muito não me deixou desistir, que fez com que eu acreditasse em mim mesma e naquele que está ao meu lado. Através de você, descobri o que é acreditar e apostar em alguém.
Meu muitíssimo e imenso agradecimento.
E à todos esses mestres, meu grande carinho.


Abç... Patrícia.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Constituição de 88, o pesadelo da direita


Assistindo ao programa "Tv Folha" deste domingo, vi alguns minutos da série "Folha Poder", onde falou-se sobre a Constituição de 88.
Como já se sabe, a imprensa é administrada por grandes famílias tradicionais do Brasil, e a grande maioria de direita e elitista. Por tal motivo, o que mais vemos são matérias que atacam sistemas de governos que favorecem a população em vulnerabilidade social.

Eis então que se iniciou o ataque à Constituição de 88, promulgada pelo então Deputado e Presidente da Assembléia Constituinte Ulysses Guimarães, que pregava o "documento da liberdade, da fraternidade, da democracia e da justiça social no Brasil". Entretanto, o que deve ter ficado até hoje entalado na garganta da elite brasileira foi a questão da "justiça social".

O jornalismo da Folha, trouxe em matéria, que a Constituição mudou a forma como o governo gasta o orçamento anual. Curiosamente, a grande queixa da Folha foi que o governo aumentou os gastos com os benefícios assistenciais, sendo que em 1987 (um ano antes da promulgação) eram de 39%, e em 2012 os gastos chegaram a 73, 7% do orçamento da União.
Claro que, dentro destes benefícios assistenciais estão: o LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social - benefício concedido à deficientes incapazes de trabalhar e de idosos que não contribuíram e não recebem aposentadoria), o Bolsa Família (programa criado para a erradicação da extrema pobreza do país), INSS e Seguro Desemprego, chamando-a então de uma "Constituição voltada para o assistencialismo".

Decorrente tal crítica, o jornal apresentado por pessoas muito bem quistas, arrumadas e cheias de conhecimento, veio a brilhante entonação proclamada pelos grandes pensadores da direita:
"Esta queda nos investimentos onera o país com uma competitividade baixa no cenário internacional e afeta diretamente a qualidade da infra-estrutura nacional como portos, aeroportos e rodovias."
Pois sim, caros leitores, para a elite brasileira o desenvolvimento do país dá-se através da infra-estrutura, logo, aqueles que residem em municípios ou estados governados por tais partidos podem perceber sem precisar nenhum esforço. 
A palavra "social" como um sufixo do desenvolvimento, logo fica-se esquecida, pois ela remete-nos à um país que NECESSITA de investimentos para a pobreza pois possui uma grande porcentagem da população em tal situação.

Todavia, "Na última década, mais de 39 milhões de pessoas entraram na classe média, sendo que somente nos últimos 21 meses, 13 milhões de brasileiros chegaram a esse estrato social. Com esta ascensão, o Brasil tem mais da metade da população inserida na Classe Média." (fonte: http://www.sae.gov.br/novaclassemedia/?p=113). O que me espanta, pois tal crescimento contribui para a movimentação do capital, e consequentemente para o enriquecimento da burguesia elitista que critica o "desperdício" com benefícios assistenciais.

Ao final da reportagem, também citam que os cidadãos não conhecem seus direitos, discurso esse muito envolvente da direita para conquistar a aversão da população sobre tais benefícios. Mas curiosamente, os únicos procurados para responderem tal pergunta na reportagem, são cidadãos aparentemente de classe média/classe média alta. Me pergunto insistentemente se essa preocupação dá-se com o cidadão que mora nas ruas, mas tem (ou ao menos deveria ter), por DIREITO documentado, um lugar onde se morar.

A grande questão é, para o governo de direita, e todo o jornalismo que o acompanha, gastar dinheiro com benefícios assistenciais é mostrar não só aqui, mas também internacionalmente, que somos um país que sofre com o problema social e que necessita empreender muito mais nisso do que em infra-estrutura. A infra-estrutura, por sua vez, promove a ilusão de que moramos num país extremamente desenvolvido (coloco nisso um tom de ironia) e que possui grande disponibilidade para a movimentação do capital (como portos, rodovias e tudo mais), pois a necessidade desta estrutura dá-se sim pelo aumento monstruoso do capitalismo.

É neste delicado momento que não podemos perder a noção de que, sim, o assistencialismo muitas vezes acontece, entretanto, dentro de tais benefícios oferecidos pelo Estado, existem condicionalidades que determinam se o cidadão tem direito ou não de recebê-lo. Também não podemos deixar de perceber de quem tal mensagem está chegando até nós. O país saiu de uma grande condição de pobreza e trouxe 39 milhões de brasileiros à classe média. Esta classe, a qual é e foi, curiosamente, responsável por grandes manifestações políticas no nosso país. Manifestações que se deram contra o governo direitista que roubavam nosso cidadãos sem nenhum pudor, pois tais não eram providos de conhecimento. 
Sendo assim, fica aqui meu grande repúdio a tal matéria e tal equipe jornalistica, como também minha grande certeza de que a mídia continua tentando, através de seu grande poder de informação, manipular a população contra o desenvolvimento social, camuflando a realidade de nosso país e se esquecendo daqueles que não possuem nem o básico para sobreviver, desejando sempre o poder, a alienação e o sub-desenvolvimento deste país.

Porque ostentar é sempre mais fácil do que partilhar.


Abç... Patrícia.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Infância nota 10


Volto hoje com a indicação de um programa bem interessante, que encontrei há alguns dias atrás trocando de canal na TV.
O programa chama-se "Nota 10 - Primeira Infância" e é exibido no canal Futura. Voltada para pais e educadores, a série conta com uma estrutura de cinco episódios semanais e aborda questões sobre o desenvolvimento infantil e a importância dos estímulos nos primeiros anos de vida.

Apresentada por Léo Madeira, a série além de possuir uma linguagem muito acessível, conta com depoimentos de especialistas (pediatras, neurologistas e psicanalistas) e exemplos de projetos educacionais realizados em diferentes estados brasileiros. Além, também, da interação com pais, crianças e educadores que mostra através de práticas cotidianas as fases do desenvolvimento e sua importância na vida da criança, e que auxilia na conduta destes responsáveis mediante as questões e enfrentamentos apresentados nestas fases. A série discute também sobre a influência de nossas questões culturais e sociais na concepção de infância.

Para aqueles que, mesmo não se encaixando no público-alvo, também tenham interesse no assunto, vale a pena assistir a série! Acredito que sempre temos por perto uma criança ou educador que pode ser auxiliado através do nosso conhecimento.

Informações sobre a série:
Cada episódio tem a duração de 26 minutos e é exibido no canal às terças-feiras, 15h. Reprises: Quartas-feiras, 2h45, e sábados, 14h, mas pode ser visto também no youtube.
Um programa da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal

Vale muito a pena!
Abç... Patrícia.