terça-feira, 30 de agosto de 2011

Onde está seu filtro midiático?

Estamos perante à um grande poder, um grande facilitador e um grande revolucionário dos tempos.
Cada dia somos mais reféns desse grande meio que norteia nossas decisões e ações perante a vida. Não sabemos no que devemos ou não acreditar. Ela toma força, ela é potente, inovadora, revolucionária e muitas vezes destruidora.
Ela nos dá o sentimento de detentores da verdade, do conhecimento e também de marionetes. Até que ponto é considerado um bom jornalismo? Ou, uma informação desnecessária e intrusa?
Podemos viajar o mundo, conhecer o desconhecido, explorar culturas, sair do lugar, mover montanhas, ser transformado, ser iludido, ser persuadido, ser hoje aquilo que não éramos ontem. Mas tudo nessa vida tem seu limite, e a mídia está desconhecendo o seu. E nós, mergulhamos junto com ela nessa falta de limites e de respeito, e perdemos os nossos também.
Ela surgiu como a oportunidade do conhecimento daquilo que até então era inalcansável, da maravilhosa possibilidade de enriquecimento intelectual. Já foi ovacionada, reprimida, censurada, questionada, contestada, e até hoje se mostra firme e crescente, poderosa e inovadora, persistente e perspicaz. Mas também já foi aplaudida, amada, querida, desejada e idolatrada. Foi o meio de fuga de épocas onde não havia saída, foi a luz no fim do túnel, foi a mudança que muitos queriam. Leva consigo estes fatos há décadas, carrega uma responsabilidade sem fim e é depositária daquilo que sentimos.
 Mas como qualquer outro meio devemos saber o que fazer com ela, como deixar ela entrar em nossa vida e filtrar aquilo que não necessitamos. Nossos filtros devem estar atentos, pois a mídia não é só produzida por bem feitores. Como tudo, ela possui seu lado bom e mau, seu lado negativo e positivo. Devemos saber até onde ela pode nos influenciar para que não perdamos nossa essência e nossos valores e transformemos tudo num grande equívoco de nossas ações e percepções.
Os “meios” não justificam os fins, nesse sentindo contrariando algumas regras. Nosso intelecto desse ser moldado por aquilo que ela nos traz, mas não deve ser persuadido ao ponto de visões e percepções equivocadas. A mídia luta contra o preconceito mas o traz escondido, como se fosse um parasita. E assim também com vários outros assuntos que aborda e transmite.
O que nos falta é a balança, nos falta a ponderação e o bom senso, mas isso tudo infelizmente não vêm junto com as informações que chegam até você. Isso vem de cada um e é conquistado a partir de nossas vivências. O equilíbrio se encontra muitas vezes naquilo que julgamos desequilibrado. A posição de marionetes sempre nos deixará submissos às imposições de mídias que não querem que cheguemos ao conhecimento e à libertação.
Mas com todos estes percalços, somos também grandes privilegiados por esse movimento circular que inova aquilo que teve sem tempo findado.
Porém, a grande questão é muito particular. Vivemos numa atualidade onde os interesses são recorrentes, e interesses são carregados de ambivalência. Nossa experiência precisa nos ajudar a reconhecer estes interesses e adquirir somente aqueles que nos acrescentarão algo positivo, e lembremos: informações ruins não são sinônimos de questões e imposições negativas e vice-versa. Tudo irá depender de nossa absorção.
As mazelas do mundo, hoje nos transmitida em primeira mão, não deveriam ser algo a se multiplicar ou se tornar comum, mas sim, de se buscar uma solução. As possibilidades de mudanças estão atreladas às mazelas, mas para isso, a possibilidade interna necessita ser despertada.
Pensemos em como estamos enfrentando este momento social que tanto tem a nos acrescentar e a subtrair, e tentemos enxergar até que ponto nos é positivo. As informações podem ser filtradas, e as mudanças partem da pequena (ou da grande) parcela daqueles que enxergam os melhores fins, mediante este meio. Um meio de comunicação sério e transformador, mas que muitas vezes pode se mostrar anti-ético e destruidor.
Façamos nós mesmos a tolerância do intolerável, e assim, mudaremos a direção de uma área que merece todo o respeito e crédito por sua bela história, mas que está tomando proporções desnecessárias e seguindo por um caminho tortuoso.

(Crônica inscrita no 9º Unicult da Unimep)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Um breve cumprimento

Queridos, ando um pouco afastada das publicações devido a correria dos estágios que tomam meus dias. E isso, é muito satisfatório!

Continuo aqui e no Zine, onde também estou num ritmo mais lento.

E hoje, foi o dia de uma publicação de uma foto um tanto curiosa, na qual viajo um bocado!
Tudo culpa da psicanálise, que agora me domina cada vez mais! rs.

Aonde dá?


Gostaria de compartilhar uma imagem, que depois de alguns anos querendo, consegui captar.

Esse local fica próximo à minha casa, numa rua sem saída, que cerca um terreno que ali existe.
Quando vi esta imagem pela primeira vez, fiz uma grande relação com um quadro surrealista, adorei a possibilidade de imaginação que ele me proporcionou. Ou seja, eu viajei total desde a primeira visualização! (rs)

O inconsciente não é passível de uma localização neurológica, e sim, apenas uma "teoria". Os quadros surrealistas trazem muito daquilo que entendemos por inconsciente, e eu diria que essa imagem também me proporcionou essa relação, pois, muitas vezes achamos que o que está por trás ou além é muito óbvio, quando somos todas vezes surpreendidos, pois somos enganados a todo momento.

E essa porta... pra que lugar será que ela dá?!

Prometo não lhes abandonar.

Abç... Patrícia.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Maternidade

(Texto publicado originalmente no extinto blog "Zine Pasárgada")


Trouxe este tema hoje, pois, algumas experiências desta semana me fizeram pensar como muitas mulheres enfrentam este momento da vida.
Não é de hoje que acompanhamos mulheres que abandonam seus bebês, mulheres que roubam bebês e mulheres que sonham um dia poder engravidar. Tantos quereres tão distintos mas que rondam um só tema, o "maternidade".
Muitos poderiam me responder que as mães que abandonam seus filhos são tomadas pelo medo, mas, me questiono: o medo de quê? Existem tantos.
Questões sociais são questionáveis, pois, muitos aqui conhecem famílias desse Brasil tão pobre que lutam para sustentar seus filhos, sejam eles quantos for. A questão é mais embaixo.
O que um filho provoca em uma mulher? O que a experiência da maternidade vai substituir na vida de uma mulher? Talvez uma outra experiência pela qual ela ainda não queira se desligar?

A problemática é que muitas mulheres ainda não estão preparadas para ser mães, outras nasceram para ser e outras nunca a serão. Ainda me lembro do espanto que me causava ouvir de uma mulher idosa que ela não teve filhos por opção! Mas, com o tempo, descobrimos que ser mãe não é uma obrigatoriedade, é algo que precisa ser desejado, mesmo que não seja esperado. Precisamos nos libertar também da ideia de que no coração de mãe sempre cabe mais um.
A figura materna sempre foi transformada em algo maravilhoso (possível origem bíblica), então ainda não conseguimos entender algumas limitações que existem entre algumas mulheres e a maternidade. Podemos perceber isto pela diversidade de opiniões que cada uma delas possui sobre o assunto.

Mas, o que vejo sobre tudo isso é como este tema anda sendo abordado. Existem as mães violentadas, existem as mães do tradicionalismo e existem as mães, que são verdadeiramente mães.
Um filho significa uma vida, uma vida que foi concebida por um ato que muitas vezes (diga-se, quase sempre) é praticado sem esta intenção. Muitas vezes penso que a gravidez não deveria ser consequência do sexo (mas aí entraríamos em questões religiosas e biológicas que não valeriam a pena).

O ponto relevante deste meu post hoje, que fiz baseado nas reflexões que faço em meu blog, é: Quais as condições psicológicas e emocionais de uma mulher frente a realidade da maternidade? Sabemos que abandonar um bebê é crime, e nem estou aqui para questionar tal fato. Mas, muitos aqui não devem fazer a ideia de como uma mulher se sente mal (esporadicamente, claro) durante o período de gravidez. Já ouvi muitas dizerem que este não é o melhor momento da vida, como muitos dizem; já vi mulheres deprimidas por ser transformarem no 2º plano (pois sim, quem importa neste momento é o bebê... você precisa estar bem e saudável por causa dele).
Ainda não sou mãe, mas estou tendo a experiência nesse semestre de estagiar com gestantes, e ouvir delas quais são seus anseios, suas expectativas, seus fantasmas, suas mazelas e tudo aquilo que uma mulher carrega junto com o filho.

O presente post não é para falar sobre a natalidade infantil, sobre o abandono de crianças ou sobre a adoção. Mas sim, em quem a gestante se transforma. Nosso dever é sempre lembrar que uma vida está sendo gerada por outra. E se a primeira não deve ser esnobada ou minimizada, a segunda também não.
Mulheres bem assistidas geram possibilidades de uma maternidade mais efetiva, mesmo que a maneira afetiva e emocional seja diferente de uma para outra. E a conscientização e acolhimento de mulheres que não desejam seus filhos precisa se tornar cada vez mais intensa, mostrando à elas, que sua negação da maternidade não significa o descarte de um filho (o qual ocasiona muitas vezes a morte), e que a adoção é um caminho.

Hoje, foi apenas uma reflexão minha que externalizei aqui. Provavelmente no futuro, poderei trazer dados e questões mais relevantes que tornem este assunto mais pontuado. Mas acho que vale pelo fato do que muitos estão pensando neste momento: "Essa menina falou bobagem" ou "Acho que talvez ela tenha razão", pois algo só faz sentido, quando pensamos sobre ele. E refletir, sempre nos faz sair do lugar.
Prometo falar mais sobre isso!

Abç... Patrícia

domingo, 7 de agosto de 2011

Benefícios "gratuitos"

(Texto publicado originalmente no extinto blog "Zine Pasárgada")


Nesta última sexta-feira, dia 05, "comemorou-se" o Dia Nacional da Saúde (a palavra comemorar se encontrar entre aspas, pois ainda não se caracteriza como uma comemoração). Ainda sabemos que muitas coisas precisam melhorar, porém, na última semana foi divulgada uma boa notícia, mas que irá atingir os planos dos convênios médicos particulares.
A partir de janeiro de 2012, conforme determinação da ANS (Agência Nacional de Saúde) os planos serão obrigados a oferecer 69 procedimentos gratuitos para seus conveniados. Estes procedimentos foram determinados a partir de uma votação disponibilizada na internet, onde cada pessoa votou no qual julgou mais necessário. Sendo assim, procedimentos definidos conforme a demanda, uma determinação que irá atingir a realidade.

Resolvi trazer esta informação, pois talvez muitos ainda não saibam, e com certeza podem ser mais um dos beneficiados com esta notícia.
Os procedimentos mais votados, por isto os escolhidos, são:

1. Bloqueio anestésico de plexos nervosos (lombossacro, braquial, cervical) para tratamento de dor;
2. Angiotomografia coronariana (com diretriz de utilização);
3. Esofagorrafia torácica por videotoracoscopia;
4. Reintervenção sobre a transição esôfago gástrica por videolaparoscopia;
5. Tratamento cirúrgico do megaesofago por videolaparoscopia;
6. Gastrectomia com ou sem vagotomia/ com ou sem linfadenectomia por videolaparoscopia;
7. Vagotomia superseletiva ou vagotomia gástrica proximal por videolaparoscopia;
8. Linfadenectomia pélvica laparoscópica;
9. Linfadenectomia retroperitoneal laparoscópica;
10. Marsupialização laparoscópica de linfocele;
11. Cirurgia de abaixamento por videolaparoscopia;
12. Colectomia com íleo-reto-anastomose por videolaparoscopia;
13. Entero-anastomose por videolaparoscopia;
14. Proctocolectomia por videolaparoscopia;
15. Retossigmoidectomia abdominal por videolaparoscopia;
16. Abscesso hepático - drenagem cirúrgica por videolaparoscopia;
17. Colecistectomia com fístula biliodigestiva por videolaparoscopia;
18. Colédoco ou hepático-jejunostomia por videolaparoscopia;
19. Colédoco-duodenostomia por videolaparoscopia;
20. Desconexão ázigos - portal com esplenectomia por videolaparoscopia;
21. Enucleação de tumores pancreáticos por videolaparoscopia;
22. Pseudocisto pâncreas - drenagem por videolaparoscopia;
23. Esplenectomia por videolaparoscopia;
24. Herniorrafia com ou sem ressecção intestinal por videolaparoscopia;
25. Amputação abdômino-perineal do reto por videolaparoscopia;
26. Colectomia com ou sem colostomia por videolaparoscopia;
27. Colectomia com ileostomia por videolaparoscopia;
28. Distorção de volvo por videolaparoscopia;
29. Divertículo de meckel - exérese por videolaparoscopia;
30. Enterectomia por videolaparoscopia;
31. Esvaziamento pélvico por videolaparoscopia;
32. Fixação do reto por videolaparoscopia;
33. Proctocolectomia com reservatório ileal por videolaparoscopia;
34. Cisto mesentérico - tratamento por videolaparoscopia;
35. Dosagem quantitativa de ácidos graxos de cadeia muito longa para o diagnóstico de erros inatos do metabolismo (EIM);
36. Marcação pré-cirúrgica por estereotaxia, orientada por ressonância magnética;
37. Coloboma - correção cirúrgica (com diretriz de utilização);
38. Tratamento ocular quimioterápico com antiangiogênico (com diretriz de utilização);
39. Tomografia de coerência óptica (com diretriz de utilização);
40. Potencial evocado auditivo de estado estável - peaee (stead state);
41. Imperfuração coanal - correção cirurgica intranasal por videoendoscopia;
42. Adenoidectomia por videoendoscopia;
43. Epistaxe - cauterização da artéria esfenopalatina com ou sem microscopia por videoendoscopia;
44. Avaliação endoscópica da deglutição (FEES);
45. Ácido metilmalônico, pesquisa e/ou dosagem;
46. Aminoácido no líquido cefaloraquidiano;
47. Proteína s livre, dosagem;
48. Citomegalovírus após transplante de rim ou de medula óssea por reação de cadeia de polimerase (PCR) - pesquisa quantitativa;
49. Vírus epstein barr após transplante de rim por reação de cadeia de polimerase (PCR) - pesquisa quantitativa;
50. Determinação dos volumes pulmonares por pletismografia ou por diluição de gases;
51. Radioterapia conformada tridimensional - para sistema nervoso central (SNC) e mama;
52. Emasculação para tratamento oncológico ou fasceíte necrotizante;
53. Prostatavesiculectomia radical laparoscópica;
54. Reimplante ureterointestinal laparoscópico;
55. Reimplante ureterovesical laparoscópico;
56. Implante de anel intraestromal (com diretriz de utilização);
57. Refluxo gastroesofágico - tratamento cirúrgico por videolaparoscopia;
58. Terapia imunobiológica endovenosa para tratamento de artrite reumatóide, artrite psoriática, doença de crohn e espondilite anquilosante (com diretriz de utilização);
59. Oxigenoterapia hiperbárica: adequação da diretriz de utilização (DUT) para inclusão da cobertura ao tratamento do pé diabético;
60. Análise molecular de DNA: adequação da diretriz de utilização (DUT) para cobertura da análise dos genes EGFR, K-RAS e HER-2;
61. Implante coclear: adequação da diretriz de utilização (DUT) para incluir o implante bilateral;
62. Pet-scan oncológico: adequação da diretriz de utilização (DUT) para pacientes portadores de câncer colo-retal com metástase hepática potencialmente ressecável;
63. Colocação de banda gástrica por videolaparoscopia: adequação da diretriz de utilização (DUT) para colocação de banda gástrica do tipo ajustável e por via laparoscópica;
64. Gastroplastia (cirurgia bariátrica): adequação da diretriz de utilização (DUT) para incluir a colocação por videolaparoscopia;
65. Consulta/sessão com terapeuta ocupacional: adequação da diretriz de utilização (DUT) para pacientes com disfunções de origem neurológica e pacientes com disfunções de origem traumato/ortopédica e reumatológica;
66. Consulta com nutricionista: adequação da diretriz de utilização (DUT) para:
1.a. Crianças com até 10 anos em risco nutricional (< percentil 10 ou > percentil 97 do peso / altura);
1.b. Jovens entre 10 e 20 anos em risco nutricional (< percentil 5 ou > percentil 85 do peso/ altura);
1.c. Idosos (maiores de 60 anos) em risco nutricional ( índice de massa IMC <22 kg/ m);
1.d. Pacientes com diagnóstico de insuficiência renal crônica.
2. Cobertura obrigatória de no mínimo 18 sessões por ano de contrato para pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus em uso de insulina ou no primeiro ano de diagnóstico;
67. Definição das despesas a serem cobertas para o acompanhante durante o pré-parto, parto e pós-parto imediato, que devem incluir taxas de paramentação, acomodação e alimentação;
68. Definição de que a cobertura das despesas com acompanhante durante o pós-parto imediato devem se dar por 48h, podendo estender-se por até 10 dias, quando indicado pelo médico assistente;
69. Definição de que nos procedimentos da cobertura obrigatória que envolvam a colocação, inserção ou fixação de órteses, próteses ou outros materiais, a sua remoção ou retirada também tem cobertura assegurada.

Uma notícia boa frente ao fato de que muitas pessoas são usuárias de convênios médicos, e poderão a partir disto usufruir de procedimentos sem precisar gastar mais com isso.
Mas, se pensarmos pelo outro lado, os convênios ganham um destaque ainda maior sobre o SUS, pois muitos enxergam isto como uma superioridade em questão de atendimento médico. Porém, não estariam também os convênios médicos colocando seus pacientes na mesma fila de espera?
A questão "saúde" precisa ser reformulada, principalmente o órgão "SUS", pois ele ainda precisa se tornar nossa primeira opção. E também, referente ao presente título, o gratuito também se encontra entre aspas, pois sabemos que, com o dinheiro gasto em um convênio médico, não podemos dizer que estes procedimentos serão gratuitos, na verdade, só não serão cobrados.
PS: Trouxe esse post hoje apenas como uma divulgação da notícia. Minha coluna volta ao normal na próxima quarta, afinal, acabaram-se as férias!

Abç... Patrícia.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O primeiro passo

Diante as várias mudanças que estou passando na minha vida, essa semana pensei bastante naquilo que fazemos com nossas (possíveis) escolhas. Ouvindo também o que muitos me disseram, comecei a perceber (ou analisar mesmo) qual o enfrentamento que as pessoas possuem frente à uma mudança.
Muitas coisas e caminhos nos estão disponíveis, mas o fato é a visão que possuímos para tais opções. O problema está sempre no nosso olhar, que é resultado do nosso interior.
Alguns dias atrás, me atrevi a pegar um livro de minha mãe, muito conhecido, para começar a ler. O livro chamado "O Segredo" ficou muito famoso até um tempo depois de seu lançamento. Sempre tive minhas críticas sobre ele, pois se trata de um livro de auto-ajuda. Pois bem, como muitas pessoas sempre disseram maravilhas desse livro (ou até mesmo do documentário) e eu estava numa semana buscando toda a positividade, resolvi passar meus olhos em suas páginas. Na época, muitas pessoas disseram que mudaram suas vidas após a leitura desse livro, até minha mãe se tornou (praticamente insuportável, diga-se de passagem) uma pessoa cheia de pensamentos positivos.
Na verdade, não consegui terminar de ler o primeiro capítulo do livro! Admito que já comecei a lê-lo junto com meus preconceitos sobre os livros de auto-ajuda, afinal, ainda me questiono se algumas palavras de alguém que não lhe conheça, irão mudar a sua vida por completo.
Eu, particularmente, acredito sim na Lei da Ação & Atração, mas de um modo diferente. Li nas páginas do livro algo sobre "como ser um milionário" e fiz a triste comparação com algumas igrejas que ainda enganam seus fiéis. As palavras são bonitas, mostram que você atrai o seu semelhante mas... apenas pela força do pensamento! Também acredito que atraímos aquilo que queremos, mas muitas vezes, inconscientemente. Quantas vezes nos deparamos com fatos que tanto se assemelham à outros por quais já passamos, mas muitas vezes não entendemos porque temos a tendência a sempre cair na mesma situação?

O fato é: As palavras nos transformam, mas não são as palavras de um livro que enchem sua cabeça de um exercício repetitivo. Você não vai mudar sua vida, se mentalizar apenas aquilo que quer. A mudança está no interior, na alma, naquilo que carregamos conosco todos os dias, e não naquilo que mentalizamos hoje ou amanhã. Claro, que para uma vida saudável, devemos sempre procurar aquilo que é bom para nós (e aí fica a questão: O que é bom para cada um? Lembrando que cada um possui seu ponto de vista). Acontece que os livros de auto-ajuda te ajudam sim, mas por quanto tempo e com que profundidade?
Minha mãe leu este livro há mais de um ano. Como disse, ela se tornou insuportavelmente positivista, mas, foi por um tempo determinado, porque na sua essência as coisas continuaram as mesmas. Você até pode ler o livro, ou outros assuntos relacionados, e se tornar o cara mais positivo da face da Terra, mas quanto tempo será que você vai evitar olhar para si mesmo?

As mudanças não se iniciam quando alguém lhe incentiva, mas sim, quando você está preparado e é desejante delas. Ninguém está aqui para mudar um ou outro, as pessoas podem apenas te ajudar, mas o primeiro passo é você quem dá!
Vamos pensar mais nisso, antes de continuarmos dando tanto crédito à assuntos que cada vez mais surgem para camuflar aquilo o que realmente somos, podemos fazer e demandam nosso desejo, para uma imagem cada vez mais perfeita, sem erros e sem imperfeições. Você sempre será um misto. E lembre-se: é daquilo que não está bom, que surge a mudança!

Abç... Patrícia.