quinta-feira, 30 de junho de 2011

Como um grão de areia... lindo!


(Sim, roubei essa foto do lindo post do Fábio lá no Zine Pasárgada! São grãos de areia vistos por um microscópio!! Na verdade esta foto me tocou bastante pela sua beleza e pelo seu valor subjetivo, posso assim dizer!).

Pensem num grão de areia... o quanto é pequeno, e sem beleza alguma à alguns olhos. Não digo o conjunto, que daria uma bela praia talvez, mas sim, o pequeno grão de areia.

E assim pensei nessa situação hoje a partir desta imagem: muitas vezes nos sentimos tão pequenos que não percebemos nossa beleza. E muitas vezes precisamos de ocasiões especiais (como os grãos precisaram do microscópio) para enxergar essa nossa beleza.

Estou passando a enxergar a minha, e descobrindo que sou um grão de areia maravilhoso!
E você? ;)

(O post é curto pois hoje não quero fazer aqui a reflexão, mas sim, que cada um possa fazer a sua!)
Abç... Patrícia.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Como tornar-se um doente mental

(Texto publicado originalmente no extinto blog "Zine Pasárgada")


Nesta última semana terminei de ler um livro chamado "Como tornar-se um doente mental".
O livro me chamou a atenção por se tratar totalmente do inverso daquilo que buscamos (será?) hoje. O autor, um psiquiatra português, traz ao leitores "dicas" de como se tornar um doente mental.
É engraçado pensarmos em alguém dando dicas sobre isso, justo em um momento onde a saúde é tão discutida (somando as explicações completamente neuróticas do Sr. Dr. Drauzio Varella no Fantástico aos domingos e muitas outras mais).

Mas na verdade será que realmente procuramos a saúde? Seja ela física ou mental?
As vezes a busca pela saúde não é, necessariamente, pela saúde. As informações que muitas vezes são disponibilizadas com características de ajuda, podem, com muita força, se transformar numa procura incessante pela doença.
Sabemos que algumas pessoas, quanto mais sabem, mais acreditam ser portadoras dessa ou daquela patologia, o que transforma a intenção de ajuda, bem-estar e melhor condição de vida, em uma vida completamente atormentada pelos sintomas.
O diagnóstico agora é fácil, ninguém mais precisa de diploma de medicina ou psicologia pois, "de médico e louco todo mundo tem um pouco" (sim, me referi aos psicólogos como "loucos"), então todos estão aptos a dizer o que você, eu ou ele tem.

No livro, o psiquiatra vai descrever doenças relacionadas ao "psi" mas pela nomenclatura psiquiátrica (digo isso pois muitas patologias descritas, recebem outra referência pela Psicanálise), através do DSM-IV (o livro de diagnóstico médico americano que é conhecido universalmente), o qual, na minha opinião é totalmente complexo e confuso, fazendo com que cada médico possa interpretar os diagnósticos de uma forma diferente do outro.
Os capítulos do livro descrevem as seguintes (psico)patologias:
1º Como torna-se um fóbico
2º Como tornar-se um paranóico
3º Como tornar-se um obsessivo-compulsivo
4º Como tornar-se um histriônico
5º Como tornar-se um maníaco-depressivo
6º Como tornar-se um esquizofrênico
É assim então que ele vai te ensinar a ser aquilo o que você adora dizer que é, tentando convencer todos a sua volta e até o próprio médico. Sendo assim, faça da forma correta, sem desculpas mirabolantes.

A linguagem do autor é objetiva e clara, sendo o livro acessível por qualquer pessoa, seja ela da área da saúde, ou não. Gostei da maneira como ele se coloca, onde assume que muitos psiquiatras diagnosticam pessoas simplesmente para dizer que souberam encontrar a patologia, o que MUITAS vezes não acontece. E que também, muitos não encaminham seus pacientes aos devidos profissionais pois não conseguem aceitar que não capazes de resolver o problema (narcísico deles, obviamente).
No último capítulo então, ele vai dizer àqueles que procuram uma vida saudável, como devemos fazer para alcançá-la, mostrando que muitas vezes esse é o caminho mais fácil e mesmo assim não enxergamos!

Para quem se interessa em saúde, principalmente mental, indico a leitura desse livro, pois além das descrições de aspectos curiosos de cada patologia, acabamos percebendo o quanto nós estamos presos a um ciclo completamente vicioso, que é o ciclo da generalização e do "achismo".
Muitas informações, infelizmente, são usadas com o seu propósito contrário, e o aumento destas informações está transformando um mundo, que deveria (ou se pretende) ser mais saudável, em um mundo cada vez mais neurótico.

Informações sobre o livro:
"Como tornar-se um doente mental"
Autor: José Luís Pio Abreu
Editora: Academia
Ano de edição: 2008
Páginas: 196

Abç... Patrícia.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

The Holiday


Hoje estou aqui para indicar um filme que, sei que é completamente hollywoodiano, mas me tocou quando o assisti, e não sei dizer exatamente o porquê!
O filme se chama "The Holiday" (com a vergonhosa tradução de "O Amor Não Tira Férias") e foi lançado em 2006. O filme conta a história de duas mulheres (Kate Winslet e Cameron Diaz) que resolvem trocar de casa por alguns dias, depois de decepções amorosas.
Mas tudo o que elas querem nessa viagem é um momento de tranquilidade e não pensar em homem algum. Porém, como conhecemos a obvialidade dos filmes hollywoodianos, elas se apaixonam e descobrem que o amor não é tão mau assim.
Jude Law interpreta o charmoso Gharam, irmão de Iris que conquista Amanda, e Jack Black interpreta o divertido Miles, amigo de Amanda, que mostra a Iris que o amor pode ser diferente de decepções.

Mas acho que a trilha sonora foi algo que mais me impressionou! Ela foi inteiramente composta pelas músicas de Hans Zimmer, que tem suas maravilhosas músicas instrumentais em muitos filmes de sucesso como: O Último Samurai, Gladiador, Falcão Negro em Perigo, Hannibal, O Código Da Vinci, Pearl Harbor, entre outros.
As músicas darão ao filme uma emoção maior, pois não há como ourvir as músicas de Hans e não se emocionar!

Trilha Sonora Oficial do filme:
"Maestro" - Hans Zimmer
"Iris and Jasper" - Hans Zimmer and Lorne Balfe
"Kayak for One" - Ryeland Allison
"Zero" - Hans Zimmer and Atli Orvarsson
"Dream Kitchen" - Hans Zimmer and Henry Jackman
"Separate Vacations" - Hans Zimmer, Lorne Balfe, and Imogen Heap
"Anything Can Happen" - Hans Zimmer and Heitor Pereira
"Light My Fire" - Hans Zimmer
"Definitely Unexpected" - Hans Zimmer and Lorne Balfe
"If I Wanted to Call You" - Hans Zimmer and Atli Orvarsson
"Roadside Rhapsody" - Hans Zimmer and Henry Jackman
"Busy Guy" - Hans Zimmer and Henry Jackman
"For Nancy" - Hans Zimmer, Atli Orvarsson, and Lorne Balfe
"It's Complicated" - Hans Zimmer and Imogen Heap
"Kiss Goodbye" - Heitor Pereira and Herb Alpert
"Verso E Prosa" - Heitor Pereira
"Meu Passado" - Hans Zimmer, Henry Jackman, and Lorne Balfe
"The 'Cowch'" - Hans Zimmer, Heitor Pereira, Lorne Balfe, and Imogen Heap
"Three Musketeers" - Hans Zimmer, Heitor Pereira, Lorne Balfe, and Imogen Heap
"Christmas" - Hans Zimmer and Lorne Balfe
"Gumption" - Hans Zimmer, Atli Orvarsson, and Henry Jackman
"Cry" - Hans Zimmer, Lorne Balfe, and Heitor Pereira

Ficha Técnica:
Direção: Nancy Meyers
Produção: Nancy Meyers
Roteiro: Nancy Meyers
Gênero: Comédia romântica
Música: Hans Zimmer
Edição: Joe Hutshing
Lançamento: Estados Unidos - 8 de Dezembro de 2006; Brasil - 22 de Dezembro de 2006

Confira aqui o trailer do filme

Para quem não gosta de filmes com histórias românticas e clichês, embora seja composto por atores bons, vale a pena pela trilha sonora!
Abç... Patrícia.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Contado por Contardo

(Texto publicado originalmente no extinto blog "Zine Pasárgada")

Hoje estou aqui, apesar da febre que me domina e a dor de garganta que não me deixa, para indicar a leitura de um querido (a qual sou suspeitíssima em dizer) psicanalista e escritor chamado Contardo Calligaris.
Meu primeiro contato com sua obra, foi por indicação de um professor de Psicanálise com o livro "Cartas a um jovem terapeuta", desde então, me apaixonei.


Contardo Calligaris nasceu em 1948 em Milão, é um psicanalista italiano, radicado no Brasil. Doutor em Psicologia Clínica pela Universida da Provença (França), professor de Antropologia na Universidade da Califórnia em Berkeley (Estados Unidos) e de Estudos culturais na New School of New York, e colunista do jornal Folha de S. Paulo desde 1999.
A escrita de Contardo é de fácil entendimento, sempre passando as informações e opiniões de uma maneira que se torna acessível à todos que a leem. Ele sempre disse que uma escrita para ser boa e reconhecida por sua qualidade não precisa ser complexa, o que não permite a leitura das massas.
Sua coluna na Folha de São Paulo é publicada todas as quintas e o escritor aborda todos os assuntos que tocam a atualidade.
Contardo vive no Rio e constantemente participa de programas televisivos, onde também trasmite seus conhecimentos (confira aqui o dia em que participou do programa Roda Viva, em 08/11/2010).

O psicanalista continua com uma vida dividida entre Itália, Brasil e Estados Unidos. Isso para nós é um bônus, pois Contardo faz uma interligação com as culturas, ou simplesmente a discussão de suas características peculiares, trazendo essa miscigenação que também o completa.
Calligaris é prático, direto e conhecedor. É totalmente contemporâneo e não se prende nessa ou naquela teoria. Sinto que ele faz a sua, e é por isso que gosto tanto dele e do modo como se expressa.

Conheça os livros de Contardo:
  • Hipotese sobre o fantasma (Atmed, 1986)
  • Introdução a uma Clinica Diferencial das Psicoses (Artmed, 1989)
  • Cronicas do Individualismo Cotidiano (Ática, 1996)
  • Hello Brasil (Escuta, 2000 [6ª ed.])
  • A Adolescência (coleção: "Folha Explica", Publifolha, 2001)
  • Terra de Ninguém (Publifolha)
  • IIha Deserta (Publifolha, 2003)
  • Cartas a um jovem terapeuta (Alegro, 2004)
  • Conto do Amor (Companhia das Letras, 2008)
  • Quinta Coluna (Publifolha, coletânea de textos publicados no jornal Folha de São Paulo, no caderno Ilustrada)
  • Nolzinha
  • A Mulher de Vermelho e Branco (Companhia das Letras, 2011)
Vocês também podem conferir o seu twitter, onde ele frequentemente publica fragmentos de suas colunas na Folha e compartilha links de Blogs que reproduzem essas publicações, para quem não tem acesso ao jornal. Ou entrar em contato pelo seu e-mail público, onde ele responde rapidamente e gentilmente (digo isso com plena certeza, pois já fui respondida por ele!).

Fica a dica!
E mais uma curiosidade: o modo de concluir minhas publicações eu, assumidamente, copiei da maneira em que ele termina seus capítulos em "Cartas a um Jovem Terapeuta". Sou, defivinitamente, mega fã dele.
Abç... Patrícia.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Mudanças... já!


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa


Por que as mudanças nos dão tanto medo? A incerteza nunca é bem recebida.
Estou com muitas ideias na cabeça, e muitas ideias de mudanças. Espero realmente que ao fim de toda essa confusão mental, eu consiga executá-las! Sinto uma grande necessidade!
E é como Pessoa diz: "teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos", e isso é deprimente!

sábado, 18 de junho de 2011

A leitura de quarta, e de todos os outros dias!

(Texto publicado originalmente no extinto blog "Zine Pasárgada")

Boa noite, amigos do Rei!
A partir da próxima semana estarei escrevendo por aqui nas quartas, dividindo o espaço com o Tabuh (@tabuh). Como eu estava um pouco solta no calendário, resolvi estabeler esse dia, até para que possa me programar melhor.
Bom, quando fui convidada para escrever no blog, a "saúde" foi um dos temas sugeridos. Mas como todos vocês já devem ter percebido, já escrevi sobre vários assuntos. Na verdade gosto de escrever aquilo que é emergente, ou uma situação que acabei de passar, o que torna minha postagem mais "real" para mim.
Um dos temas que também gosto de escrever é sobre livros (como já fiz na postagem Sem Vestígios), assim como o colega Rodrigo. Em algum momento, trarei aqui indicações ou comentários de livros para vocês, tanto livros que abordam a Psicologia quanto outras áreas.


E como gosto de escrever sobre as coisas que mais me tocam durante a semana, e como também toquei no assunto dos livros, vou descrever aqui a satisfação que é adquirir um livro.
Imagino que todos aqui são amantes não só da escrita, como também da leitura. Não há nada mais enriquecedor do que uma boa leitura. Através dela adquirimos conhecimento, sabedoria, instigamos nossa imaginação, e melhoramos também nossa escrita e nos tornamos (muitas vezes) mais eloquentes.
Entrar numa livraria (que foi o que me aconteceu nessa semana, por isso a postagem), para mim, é como brilhar nos olhos todo o reflexo das belíssimas capas que estão nas prateleiras. Sempre tenho a ansiedade de não saber qual escolher, ou querer todos ao mesmo tempo.
Talvez um pouco diferente de algumas pessoas, que se satisfazem com os livros da biblioteca (a qual é indispensável) eu gosto de tê-los para mim, e deixá-los todos ao meu alcance, para que a informação seja sempre alcançada ou relembrada num simples folhear de páginas.
Gosto de sentir o cheiro, de sentir a espessura e admirar as ilustrações.

Muitos colegas aqui já nos deram boas dicas de livros ou de como ter acesso à eles, como nosso amigo Fábio na postagem Terça-Feira: véspera do Futebol - 3 onde nos indicou o site da Estante Virtual, um site onde podemos encontrar acervos de sebos pelo Brasil.
Hoje em dia temos acesso à leitura por muitos meios, mas quis compartilhar com vocês aqui hoje a paixão por livros, que muitas vezes alguns dividem comigo.
Então, além do tema "saúde" o qual me sinto muito bem em escrever, pois é uma das áreas que muito me interessa, também estarei trazendo estas dicas.

O título se refere "a leitura de quarta" pois será este dia que estarei com vocês daqui pra frente, e também "a leitura de todos os dias" pois me referi a leitura das postagens de todos os outros colegas que aqui escrevem durante a semana. Ou também à todas as outras leituras que nos estão disponíveis todos os dias.
Penso que, só através do conhecimento é que poderemos sair de uma condição passiva que infelizmente nos é imposta, e os livros são meios fundamentais para chegarmos até ele.

Abç... Patrícia.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Billy Elliot

Nesta semana assisti (muito atrasada eu confeso) o drama "Billy Elliot".
Já sabia da existência desse filme há muito tempo, mas infelizmente como ando sem cadastro em nenhuma locadora (pasmem!) só consegui ter acesso ao filme agora!


O filme se passa no ano de 1984 e conta a história de um garoto de 11 anos que mora em uma pequena cidade inglesa onde o principal meio de sustento são as minas da cidade. Conforme a vontade de seu pai, Billy vai sempre às aulas de boxe, sempre mantendo a visão de ser um esporte para "homens".
Devido à greve dos mineradores e a bagunça que se encontrava a cidade, a professora de ballet Mrs. Wilkinson (Julie Walters) foi provisoriamente colocada no salão junto as aulas de boxes, fazendo então os ensaios ali. O jovem Billy, que é encenado maravilhosamente pelo estreante Jamie Bell, começa a se interessar pela dança e passa a participar dos ensaios.

Mas a história se dá com oposições da família, onde a mãe de Billy já não está mais presente pois já faleceu. Os homens da casa, seu pai (Gary Lewis) e o irmão (Jamie Draven) não aceitam que Billy faça parte de uma dança de "mulheres". Billy vai em frente, e continua a fazer ensaios particulares com Mrs. Wilkinson, pois sente que a dança está dentro dele.
Com o esforço de sua professora, Billy tem a oportunidade de entrar para uma escola de Ballet muito reconhecida em Londres, e tenta mostrar isso à sua família, que depois de muito empenho percebe o talento de Billy.


Vale a pena assistir o filme pois:
  •  Ele não é composto por nenhum ator famoso, e mesmo assim irá nos mostrar a bela atuação de todos;
  • O filme é muito emocionante, pois irá mostrar a garra de um menino em vencer o preconceito de sua família e todos da cidade para correr atrás daquilo que realmente deseja.
  • A trilha sonora e as danças apresentadas por Billy no filme são extremamente empolgantes.

Premiações e indicações:
  • 3 prêmios BAFTA: Melhor Filme Britânico, Melhor Ator (Jamie Bell) e Melhor Atriz Coadjuvante (Julie Walters).
  • 3 indicações ao Oscar: Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante (Julie Walters) e Melhor Roteiro Original.
  • 2 indicações ao Globo de Ouro: Melhor Filme - Drama e Melhor Atriz Coadjuvante (Julie Walters).
  • uma indicação ao César, na categoria de melhor filme estrangeiro.

Ficha Técnica:

Gênero: Drama
Tempo de Duração: 111 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra): 2000
Direção: Stephen Daldry
Música: Stephen Warbeck

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Da Megalomania ao Genocídio

Hoje assisti o documentário "Arquitetura da Destruição" de Petter Cohen.
"O Documentário a arquitetura da destruição descreve a trajetória de Hitler e seus aliados durante a ascensão do partido nazista na Alemanha, bem como da eclosão da 2º guerra mundial. Mostrando que Hitler sempre sonhou em ser um grande artista, que após sua ascensão irá utilizar seus projetos arquitetônicos bem como suas teorias, negando consideravelmente a arte modernista. Dessa forma esse documentário relata como se dava a relação dos nazistas, com as obras artísticas existentes na Alemanha e nos países dominados. Destacando, entretanto o nacionalismo e a moral ideológica Alemã em uma época de grandes crises, em que o mundo se recuperava da 1º Guerra Mundial." (fonte)



Uma das coisas mais interessantes deste documentário, é que ele mostra as motivações e ambições de Hitler a partir da fixação que ele possuia na Arte. Hitler é, comprovadamente, um artista frustrado, que vai projetar muitas mudanças na Alemanha a partir dessa sua fixação.
O título deste post menciona duas características desse período:

Megalomania
Hitler pode ser considerado como megalomaníaco. Suas convicções de uma nação completamente pura nos mostra isso. Ele acreditava que iria salvar toda a população ariana através da arte, da higiene e da beleza.
Essa idéia parte de sua visão do mundo grego, onde as publicações e até as esculturas mostravam o homem como inteligente e belo. Hitler tinha grande fixação também na Antiguidade. Isso motivarou muitas de suas idéias para um mundo puro e livre das imperfeições, as quais são inerentes em qualquer contexto.
Sua compulsão por perfeição é passada aos civis, que acreditam na necessidade de uma raça completamente pura para poder cuidar devidamente de seu país.
Acreditava também ser um artista, e que era também a partir da arte que os alemães poderiam se libertar. Isso faz com que construa muitos museus pela Alemanha, trazendo obras de vários artistas e sendo consumidor de muitas delas.
A higiene é um aspecto importante até para igualar as classes socias. Ele acreditava que uma população bem higienizada possuiria a mesma dignidade, independente de sua classe, o que seria mais um fator igualitário que busca sempre pela perfeição da raça.
Não haveria um ser imperfeito na nação, provando assim a megalomania de Hitler, com seu desejo de tornar um país completamente perfeito, a partir de suas convicções.

Genocídio
O genocídio não seria nem descutível.
Como todos já sabemos, diferente de muitos durante a guerra, os judeus foram brutalmente exterminados e excluídos pois apresentavam uma grande ameaça ao país. No documentário é mostrado filmes que foram feitos pelo partido nazista, onde coloca o judeu como um "rato" que se beneficia com as doenças dos alemães, e ganham dinheiro em cima daquilo que os prejudica. Na verdade, Hitler sabia o quanto os judeus influenciavam na economia do país, mas não podia aceitar que pessoas "de fora" tivessem esse poder dentro de seu território.
E assim, muitos deles foram mortos, atendendo as idéias completamente paranóicas de Hitler.
Não só os judeus, mas também os deficientes físicos e mentais foram alvos desse genocídio. Com a idéia de "pureza" estes indivíduos representavam um desvio, algo que não seria possível com a existência de pessoas que dependiam de outras para viver. É questionado também o dinheiro público destinado à estas pessoas, que viviam em hospitais psiquiátricos luxosos (conforme palavas nazistas) enquanto civis alemães moravam em becos, sem dignidade.
O extermínio destas pessoas também foi acentuado, após o início da guerra.

E assim Hitler foi transformando a guerra conforme suas ambições pessoais, seus desejos psicóticos (também paranóicos) e que foram percebidos por muitos, os quais se negaram a ajudá-lo.
Hitler queria transformar o mundo (sim, o mundo!) naquilo que já foi a Grécia antiga. Foi uma guerra moderna que possuía princípos da Antiguidade.

Mas nada melhor do que assistir ao documentário para se aprofundar em questões que muitas vezes não são aprofundadas sobre este período!

Sobre o documentário:
Direção: Peter Cohen
Duração: 121 minutos
Ano: 1992
O longa venceu o Prêmio Especial da 16ª Mostra Internacional de Cinema. O filme e o vídeo "Arquitetura da Destruição" fazem parte da 'Coleção Mostra Internacional de Cinema'.
Ele também é ricamente composto por vídeos e imagens da época.
Assista aqui um vídeo que fala sobre o documentário!

Abç... Patrícia.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Querido amigo.

Gostaria de dedicar este post àqueles que são meus amigos, se julgam meus amigos, tentam ser meus amigos ou simplesmente fingem ser meus amigos.

Existem momentos onde me questiono: Que valor a amizade tem para as pessoas? Quando digo "pessoas" não estou falando na 3ª pessoa do plural, mas sim na 1ª do mesmo.
Me lembro nesse momento de todas as lembranças que tenho de meus amigos, desde quando era muito pequena, e de todo o afeto que senti e lhes transferi. É engraçado como algumas pessoas te dão saudade agora, mas naquela época não eram tão importantes assim. Aliás, nós não a julgávamos importante NAQUELE momento. Só fomos perceber isso depois de muito tempo. A vida sempre apresenta esse fato corriqueiro: vou dar valor àquilo que tenho, quando não o tiver mais.
E assim nossos amigos se vão, muitos sem saber o quanto você os quis bem.

Me lembro também dos ex-amigos, aqueles que depois de uma briga tão intensa, passaram para a nossa lista negra, se tornando os mais desprezíveis seres do nosso mundo. Eles nos decepcionaram, e temos uma grande dificuldade de lidar com decepções.
Com isso também me pergunto: quantos amigos eu magoei? Quantas pessoas me colocaram em suas listras negra? Quantos deles ainda guardam ou já guardaram alguma mágoa da minha pessoa? Sinceramente, acho que um razoável número deles.

Mas o que me trouxe aqui hoje, foi realmente essa reflexão sobre a amizade, pois passei por uma situação recente que me fez reviver algumas mágoas novamente. E refletir também até que ponto algumas pessoas são nossas amigas, ou apenas o são quando estão com vontade. Ou são, mas a maneira de encarar essa amizade é completamente diferente da minha. Sempre fui de poucos amigos, mas sempre de amigos verdadeiros. Nunca achei que precisava de várias pessoas ao meu lado pra me tornar importante, querida, amada e bem quista, pois um dia descobri, que isso é ilusão.
Amigos são aqueles que estão com você quando a balada não rolou, ou quando você precisou chorar na hora que era pra rir, e ele teve toda a paciência do mundo (mesmo estando muito cansado) com você ali.
E quando a gente pensa assim e se depara com uma situação inesperada, você se faz outras perguntas: "Até que ponto a amizade tolera e reproduz o individualismo e o egoísmo?" Ou será que estamos falando realmente de amizade?

Aos meus amigos de momentos passados, a minha saudade. Aos amigos de agora, meu extremo bem querer e amor. Aos amigos que não são amigos, meu pezar.
Cada um sabe até que ponto sabe ser amigo; cada um sabe até que ponto tem amigos; e cada um sabe até que ponto as pessoas toleram você (E me lembrou Caetano: "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...").

Um abraço, mas só praqueles que realmente se sentirem merecedores dele.
Patrícia.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Não ao Ato Médico!

(Texto publicado originalmente no extinto blog "Zine Pasárgada")

Você sabe o que é o Ato Médico?
O Ato Médico é um Projeto de Lei criado em 2006, o qual determina que cabe aos médicos o direito de realizar o diagnóstico das doenças (nosológico) e a prescrição terapêutica (tipo de tratamento), dando a 340 mil médicos a exclusividade de exercer atos privativos de 3 milhões de profissionais da saúde (biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, profissionais da educação física, psicólogos, técnicos em radiologia e terapeutas ocupacionais).

Isso significa que todos estes profissionais serão dependentes do encaminhamento médico para conseguir exercer sua profissão. Como futura psicóloga, e uma futura dependente da classe médica, me sinto indignada com este Projeto de Lei, assim como muitos destes outros profissionais.

E sempre me faço a seguinte pergunta: Como podemos depender de profissionais da área da saúde, que está cada vez pior? Sabemos que a luta pela melhoria desta área não é recente, e que mesmo assim ela passa desapercebida pelo governo e até pelos profissionais que nela estão inseridos!

Você confiaria seu diagnóstico a um médico de um Posto de Saúde, que mal lhe atende e se julga conhecedor o suficiente destas outras áreas para poder encaminhá-lo? Passei 5 anos da minha graduação estudando aquilo que a MINHA profissão demanda para que eu consiga ser uma boa psicóloga, e mesmo assim acredito que seja pouco para aprender e reter tudo aquilo que é necessário para a vida profissional. E continuo a me questionar se um médico, em sua graduação aprende e toma conhecimento de tudo o que é passado à estes profissionais durante sua formação (lembrando o 1º parágrafo onde é mencionado "3 milhões de profissionais da saúde").

Ainda me indigno em ver médicos encaminhando pacientes ao psiquiatra, não sabendo fazer a simples distinção entre o tratamento psicológico com o tratamento psiquiátrico apenas por se tratar da área "psi", ou simplesmente a "preferência" em encaminhar seus pacientes aos colegas de classe e assim continuar produzindo a dependência destes em medicamentos farmacêuticos, o qual também, para mim, está se tornando uma grande máfia. Mas este, seria um outro assunto.

Em 2008, foi estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que os convênios médicos deveriam disponibilizar sessões com psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros profissionais, e a partir disso, oferecer 12 consultas grátis durante o ano. Mas aí entramos numa grande contradição (usarei o exemplo do atendimento psicológico): 12 consultas ao ano, significa 1 consulta ao mês, o que irá tornar o trabalho do psicólogo totalmente limitado, sendo que muitas vezes é necessário um acompanhamento com o paciente pelo menos 1 vez na semana. E para que este paciente possa ter acesso à estas 12 consultas gratuitas, é estipulado que um médico (seja de qualquer especialidade) DETERMINE que o mesmo necessita de um atendimento psicológico, o qual ainda será avaliado pela auditoria do convênio (esse detalhe pode não ser repetido em todos eles).

E assim, nos dias atuais onde "supomos" a liberdade de cada profissão, nos deparamos com esta centralização de "poder" dentro da área da saúde.

*
Você também pode participar da luta contra a aprovação desta Lei acessando o link "Diga Não ao Ato Médico" e enviando uma carta aos senadores do seu estado. Neste link você também pode conhecer o que determina o Projeto de Lei nº 7.703/2006. E também conhecer a história dessa luta.
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Assim, expresso mais uma vez essa minha indignação e a necessidade que nós, profissionais da saúde, temos de reverter esta vergonhosa situação.
Abç... Patrícia.