quinta-feira, 9 de junho de 2011

Querido amigo.

Gostaria de dedicar este post àqueles que são meus amigos, se julgam meus amigos, tentam ser meus amigos ou simplesmente fingem ser meus amigos.

Existem momentos onde me questiono: Que valor a amizade tem para as pessoas? Quando digo "pessoas" não estou falando na 3ª pessoa do plural, mas sim na 1ª do mesmo.
Me lembro nesse momento de todas as lembranças que tenho de meus amigos, desde quando era muito pequena, e de todo o afeto que senti e lhes transferi. É engraçado como algumas pessoas te dão saudade agora, mas naquela época não eram tão importantes assim. Aliás, nós não a julgávamos importante NAQUELE momento. Só fomos perceber isso depois de muito tempo. A vida sempre apresenta esse fato corriqueiro: vou dar valor àquilo que tenho, quando não o tiver mais.
E assim nossos amigos se vão, muitos sem saber o quanto você os quis bem.

Me lembro também dos ex-amigos, aqueles que depois de uma briga tão intensa, passaram para a nossa lista negra, se tornando os mais desprezíveis seres do nosso mundo. Eles nos decepcionaram, e temos uma grande dificuldade de lidar com decepções.
Com isso também me pergunto: quantos amigos eu magoei? Quantas pessoas me colocaram em suas listras negra? Quantos deles ainda guardam ou já guardaram alguma mágoa da minha pessoa? Sinceramente, acho que um razoável número deles.

Mas o que me trouxe aqui hoje, foi realmente essa reflexão sobre a amizade, pois passei por uma situação recente que me fez reviver algumas mágoas novamente. E refletir também até que ponto algumas pessoas são nossas amigas, ou apenas o são quando estão com vontade. Ou são, mas a maneira de encarar essa amizade é completamente diferente da minha. Sempre fui de poucos amigos, mas sempre de amigos verdadeiros. Nunca achei que precisava de várias pessoas ao meu lado pra me tornar importante, querida, amada e bem quista, pois um dia descobri, que isso é ilusão.
Amigos são aqueles que estão com você quando a balada não rolou, ou quando você precisou chorar na hora que era pra rir, e ele teve toda a paciência do mundo (mesmo estando muito cansado) com você ali.
E quando a gente pensa assim e se depara com uma situação inesperada, você se faz outras perguntas: "Até que ponto a amizade tolera e reproduz o individualismo e o egoísmo?" Ou será que estamos falando realmente de amizade?

Aos meus amigos de momentos passados, a minha saudade. Aos amigos de agora, meu extremo bem querer e amor. Aos amigos que não são amigos, meu pezar.
Cada um sabe até que ponto sabe ser amigo; cada um sabe até que ponto tem amigos; e cada um sabe até que ponto as pessoas toleram você (E me lembrou Caetano: "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...").

Um abraço, mas só praqueles que realmente se sentirem merecedores dele.
Patrícia.

2 comentários:

  1. Uiii...se isso foi um desabafo anônimo, posso lhe dizer q algumas coisas me serviram sim. Mesmo sem a intenção, costumamos dar diferentes níveis de importância às amizades conforme a vida vai seguindo. Só posso lhe dizer q sou merecedora do seu abraço e agradecer pela amizade de sei lá qtos anos (mémoria fraca)!! Vc sempre escreveu mto bem, parabéns :)
    Cinthia Zem

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  2. Amiga, vc sempre foi uma das melhores!
    Obrigada pela visita! :)

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