Estamos perante à um grande poder, um grande facilitador e um grande revolucionário dos tempos.
Cada dia somos mais reféns desse grande meio que norteia nossas decisões e ações perante a vida. Não sabemos no que devemos ou não acreditar. Ela toma força, ela é potente, inovadora, revolucionária e muitas vezes destruidora.
Ela nos dá o sentimento de detentores da verdade, do conhecimento e também de marionetes. Até que ponto é considerado um bom jornalismo? Ou, uma informação desnecessária e intrusa?
Podemos viajar o mundo, conhecer o desconhecido, explorar culturas, sair do lugar, mover montanhas, ser transformado, ser iludido, ser persuadido, ser hoje aquilo que não éramos ontem. Mas tudo nessa vida tem seu limite, e a mídia está desconhecendo o seu. E nós, mergulhamos junto com ela nessa falta de limites e de respeito, e perdemos os nossos também.
Ela surgiu como a oportunidade do conhecimento daquilo que até então era inalcansável, da maravilhosa possibilidade de enriquecimento intelectual. Já foi ovacionada, reprimida, censurada, questionada, contestada, e até hoje se mostra firme e crescente, poderosa e inovadora, persistente e perspicaz. Mas também já foi aplaudida, amada, querida, desejada e idolatrada. Foi o meio de fuga de épocas onde não havia saída, foi a luz no fim do túnel, foi a mudança que muitos queriam. Leva consigo estes fatos há décadas, carrega uma responsabilidade sem fim e é depositária daquilo que sentimos.
Mas como qualquer outro meio devemos saber o que fazer com ela, como deixar ela entrar em nossa vida e filtrar aquilo que não necessitamos. Nossos filtros devem estar atentos, pois a mídia não é só produzida por bem feitores. Como tudo, ela possui seu lado bom e mau, seu lado negativo e positivo. Devemos saber até onde ela pode nos influenciar para que não perdamos nossa essência e nossos valores e transformemos tudo num grande equívoco de nossas ações e percepções.
Os “meios” não justificam os fins, nesse sentindo contrariando algumas regras. Nosso intelecto desse ser moldado por aquilo que ela nos traz, mas não deve ser persuadido ao ponto de visões e percepções equivocadas. A mídia luta contra o preconceito mas o traz escondido, como se fosse um parasita. E assim também com vários outros assuntos que aborda e transmite.
O que nos falta é a balança, nos falta a ponderação e o bom senso, mas isso tudo infelizmente não vêm junto com as informações que chegam até você. Isso vem de cada um e é conquistado a partir de nossas vivências. O equilíbrio se encontra muitas vezes naquilo que julgamos desequilibrado. A posição de marionetes sempre nos deixará submissos às imposições de mídias que não querem que cheguemos ao conhecimento e à libertação.
Mas com todos estes percalços, somos também grandes privilegiados por esse movimento circular que inova aquilo que teve sem tempo findado.
Porém, a grande questão é muito particular. Vivemos numa atualidade onde os interesses são recorrentes, e interesses são carregados de ambivalência. Nossa experiência precisa nos ajudar a reconhecer estes interesses e adquirir somente aqueles que nos acrescentarão algo positivo, e lembremos: informações ruins não são sinônimos de questões e imposições negativas e vice-versa. Tudo irá depender de nossa absorção.
As mazelas do mundo, hoje nos transmitida em primeira mão, não deveriam ser algo a se multiplicar ou se tornar comum, mas sim, de se buscar uma solução. As possibilidades de mudanças estão atreladas às mazelas, mas para isso, a possibilidade interna necessita ser despertada.
Pensemos em como estamos enfrentando este momento social que tanto tem a nos acrescentar e a subtrair, e tentemos enxergar até que ponto nos é positivo. As informações podem ser filtradas, e as mudanças partem da pequena (ou da grande) parcela daqueles que enxergam os melhores fins, mediante este meio. Um meio de comunicação sério e transformador, mas que muitas vezes pode se mostrar anti-ético e destruidor.
Façamos nós mesmos a tolerância do intolerável, e assim, mudaremos a direção de uma área que merece todo o respeito e crédito por sua bela história, mas que está tomando proporções desnecessárias e seguindo por um caminho tortuoso.
(Crônica inscrita no 9º Unicult da Unimep)
Sempre tenho a sensação que poderia estar melhor...
ResponderExcluirGostei muito do texto Patrícia!!! No meu blog eu trato muito dessa questão da mídia e seu poder de influenciar as pessoas e de manipular. Pego sempre mais no aspecto político, mas é bem amplo esse tendencionismo midiático.
ResponderExcluirParabéns pelo blog e vou adicioná-lo no meu tb.
Bjo