quarta-feira, 10 de julho de 2013

As pálpebras e os encontros

Ontem assisti a um filme que me fez pensar bastante em qual era a essência de sua história.
Fiquei com duas opções em minha cabeça, e sobre elas irei discorrer brevemente.



O filme em questão chama-se "Pálpebras Azuis" (Párpados Azules em espanhol), e conta a história de uma moça, Marina, que ganha uma viagem para a praia, com direito a um acompanhante. Entretanto, Marina é uma pessoa sozinha, sem amigos ou familiares próximos. É quando se encontra com Victor, um colega de escola que vive similarmente a protagonista.
E com o objetivo de viajarem juntos, começam a se conhecer. Saem, dançam, jantam juntos. Porém, as feições não esboçam prazeres ou muitos sorrisos quando estão um na companhia do outro, tornando-se algo mecânico, superficial.

Fiquei o filme todo torcendo para que dali saísse uma história de amor fervorosa. É nesse ponto que os filmes alternativos nos enganam, ou na verdade, nos colocam na realidade.
Por que o amor precisa ser sempre cheio de brilho no olhar ou efusividades nas feições? As vezes ele nasce da onde menos esperamos.
E assim tentei entender se, ao final da história, aquele era um amor discreto, ainda com seus pudores ou, um medo da solidão que ocasionou o encontro de duas pessoas tão sozinhas.

A segunda opção me chamou muito a atenção, pois vejo quase que diariamente situações em que pessoas se sujeitam a qualquer relacionamento pelo simples (e forte) medo de envelhecerem sozinhas.
Numa grande parte da história, acreditei que aquele era um amor contido, mas ao final dele continuei com minhas dúvidas. Será que essa era mais uma história onde a condição de viver sozinho é fortemente inaceitável, mesmo que não declarado? Ou o amor se manifesta nas atitudes mais simples da vida?

Talvez as duas opiniões se mantenham fortes até o fim do filme, pois ele é um mesclado de descobertas com apreensões. Mas o fato de se permitirem ao encontro possa ser o brilho nos olhos que tanto esperamos encontrar nas histórias em que vemos ou assistimos. Pois o amor poder estar aí, como disse nosso querido e eterno poeta Vinícius de Moraes... "nos encontros"!!

Mas como cada experiência e opinião é única, nada como poder assistir ao filme para obter a sua!
A fotografia e as expressões do filme são muito fortes, mesmo sendo tão simples. E a beleza de Marina, tão apática em alguns momentos, é de se encher os olhos!
Fica a dica para quem gosta de filmes alternativos, com um bônus por ser latino-americano!

Título Original: Párpados Azules
Sinopse: Feliz ganhadora de uma viagem para dois à paradisíaca Praia Salamandra, Marina se dá conta de que não tem com quem compartilhar o prêmio, assim que convida a um antigo companheiro de colégio a acompanhá-la.
Duração: 98 min
Gênero: Comédia, Drama
Direção: Ernesto Contreras
País de Origem: México
Ano: 2007
Não recomendado para menores de 12 anos



Assista online: http://reviufilmes.blogspot.com.br/2013/03/palpebras-azuis-filme-online-legendado.html

Abç... Patrícia.

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